domingo, 18 de maio de 2008

Assim eu gostaria de ser julgado no dia do juízo final

O Caveira colocou-se de pé e ficou diante de DEUS, pronto para última inspeção pela qual teria que passar, desejando que, assim como a fivela do cinto e os brevês de metal, também os seus coturnos estivessem a brilhar.

Um passo a frente, Caveira!!!! Como vou fazer contigo ? Fostes fiel à Igreja? Destes a outra face ao inimigo?

O Caveira se perfilou respondendo: “NÃO! NÃO SENHOR!
Nós que andamos armados, nem sempre podemos ser amor!
Na maioria dos domingos, eu estava de serviço ou em missão, na igreja não fui não Senhor...
Em muitos momentos, eu falei de modo impuro...
Houve muitas vezes em que fui violento, pois meu mundo é muito duro...
Mas nunca guardei um tostão que a mim não pertencesse...
E quanto mais uma conta se acumulava, às missões eu me dedicava, e de minha família me afastava...

Mas às vezes, SENHOR, perdôe-me, eu chorei por coisas à toa, e por dores alheias. Reconheço que não mereço ficar entre os que já estão em seu meio, pois jamais me quiseram por perto, a não ser quando sentiram receio...
Se tiver um lugar para mim, como nunca consegui muito mesmo, luxuoso não precisa ser.
E caso não haja nenhum, eu saberei entender”...

Faz-se silêncio em redor do trono, onde os Santos passeavam. E o Caveira esperou, o veredicto do SENHOR...

Teu corpo serviu com alma e coração... fez-te escudo para o próximo...
Portanto, anda em paz pelo paraíso...
INFERNO já foi tua missão...

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